Estou esperando a hora de ir votar. Minha primeira votação, e não farei por ela mais do que ela fez por mim. Tentei, na maneira que pude, acompanhar a corrida eleitoral e me informar sobre meus pretendentes a voto, e também sobre aqueles que já tinha descartado minha contribuição.
Essa "festa da democracia" que tantos mencionam me traz a mente vários pensamentos e indagações. Surgiu uma reflexão este domingo de manhã, quando lia João Ubaldo Ribeiro no jornal O Globo. Em seu texto ele destaca dois tipos de eleitores: os que votam porque é obrigatório e os que não viram campanha alguma e, se viram, não entenderam. Conforme esta última classificação, o cidadão "votaria errado", pois troca seu voto por dinheiro, empregos, dentaduras, intervenções cirúrgicas ou qualquer outra bagatela. Em suas palavras diz que esse eleitor "aproveita-se do voto na única ocasião em que ele lhe tem alguma serventia". Mas, realmente, que perspectivas esse eleitor deve ter do seu voto e da sua escolha? Talvez sua vida seja tão carente de coisas básicas que o que ele mais espera seja aquele imediatismo para resolver parte de uma situação que nunca melhora, que está sempre a ser moldada conforme os interesses dos "poderosos" que têm o controle da sua articulação política. Então, do ponto de vista desses individuos, não é tão absurdo assim pensar em receber, como agradecimento da sua lealdade a esses políticos, utensílios de pequeno valor material que significam tanto para vidas mais do que simples, necessitadas. Esses cidadãos não têm a visão dapolítica como um todo, mas como uma parte - a sua parte da história - que muda, talvez, significativamente sua sobrevivência até as próximas eleições.
É lógico que não quero aqui justificar a validez desses votos, mas tentar compreendê-los. O necessário seria esclarecer para toda a população a importância da sua escolha política, e, se possível, fazê-la entender na prática o que isso significa através das reformas que o governo empreendesse.
Acho - e esta é só a minha opinião do assunto - que tudo se resume numa doce escapatória que todos querem para o destino do país e de suas famílias. Seja o voto obrigatório do descrente, seja o das trocas de favores ou seja o dos engajados políticos e carregadores de uma ideologia política, todos temos perspectivas do voto sobre uma visão diferente e, quase sempre achamos que ele muda de alguma forma a conjuntura do estado-nação. O voto não é uma questão de ser errado ou certo, mas de ser relativo à visão de alterar, ou não, os rumos que um governo toma, no qual cada um defende o que acha que é melhor, seja direta ou indiretamente, para si.
Essa "festa da democracia" que tantos mencionam me traz a mente vários pensamentos e indagações. Surgiu uma reflexão este domingo de manhã, quando lia João Ubaldo Ribeiro no jornal O Globo. Em seu texto ele destaca dois tipos de eleitores: os que votam porque é obrigatório e os que não viram campanha alguma e, se viram, não entenderam. Conforme esta última classificação, o cidadão "votaria errado", pois troca seu voto por dinheiro, empregos, dentaduras, intervenções cirúrgicas ou qualquer outra bagatela. Em suas palavras diz que esse eleitor "aproveita-se do voto na única ocasião em que ele lhe tem alguma serventia". Mas, realmente, que perspectivas esse eleitor deve ter do seu voto e da sua escolha? Talvez sua vida seja tão carente de coisas básicas que o que ele mais espera seja aquele imediatismo para resolver parte de uma situação que nunca melhora, que está sempre a ser moldada conforme os interesses dos "poderosos" que têm o controle da sua articulação política. Então, do ponto de vista desses individuos, não é tão absurdo assim pensar em receber, como agradecimento da sua lealdade a esses políticos, utensílios de pequeno valor material que significam tanto para vidas mais do que simples, necessitadas. Esses cidadãos não têm a visão dapolítica como um todo, mas como uma parte - a sua parte da história - que muda, talvez, significativamente sua sobrevivência até as próximas eleições.
É lógico que não quero aqui justificar a validez desses votos, mas tentar compreendê-los. O necessário seria esclarecer para toda a população a importância da sua escolha política, e, se possível, fazê-la entender na prática o que isso significa através das reformas que o governo empreendesse.
Acho - e esta é só a minha opinião do assunto - que tudo se resume numa doce escapatória que todos querem para o destino do país e de suas famílias. Seja o voto obrigatório do descrente, seja o das trocas de favores ou seja o dos engajados políticos e carregadores de uma ideologia política, todos temos perspectivas do voto sobre uma visão diferente e, quase sempre achamos que ele muda de alguma forma a conjuntura do estado-nação. O voto não é uma questão de ser errado ou certo, mas de ser relativo à visão de alterar, ou não, os rumos que um governo toma, no qual cada um defende o que acha que é melhor, seja direta ou indiretamente, para si.
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