sexta-feira, 30 de julho de 2010

Le Petit

Assistindo ao filme esta semana, achei-o merecedor de um post. O filme francês, "o Pequeno Nicolau" em português, é bem diverso do que estamos acostumados: conta a história de um menino, Nicolas, que vê sua vida mudada ao descobrir que terá um irmãozinho. Desconfiado que será preterido pelos pais, e até mesmo, abandonado na floresta, decide, com a parceria de seus amigos, tramar um plano para que essa criança não faça parte da família. Além de ser uma história cativante e própria para todas as idades,posso dizer ainda que o que chama a atenção são as crianças: dei gargalhadas com elas e cheguei até a chorar. É impossível não se divertir com as múltiplas personalidades que fazem parte do enredo e as engenhosidades de uma infância inocente, preocupada com uma situação aparentemente banal para um adulto, mas que invade o imaginário de uma criança de tal forma a deixa-la impaciente. Pode-se notar tambem, não só as preocupações de crianças, mas de adultos ocupados com as aparências e bajulações, propostas no filme principalmente pelos pais de Nicolas e suas relações com o chefe. Mas mesmo com essa leve crítica nas cenas relativas a este assunto, o humor não é posto de lado. Recomendo a todos assistirem a este enredo sensacional, que a crítica classifica como "aplaudindo de pé": não mentiu a este respeito.

sábado, 24 de julho de 2010

Por uma mídia sem máscara




Este documentário,"Muito além do cidadão Kane", realizado pela BBC em 1993 apresenta um panorama interessante sobre como foi o surgimento da TV Globo e suas repercussões ao longo de sua "vida". A manipulação é o foco do documentário e ainda podemos perceber como o poder público está ligado aos meios de comunicação, como ainda hoje existe,podendo ser visto escrachadamente em regiões do Nordeste, a citar o Maranhão.
Apesar de acreditar que algumas relações de dependência do telespectador tenham se alterado, principalmente com o advento da internet e novas tecnologias, acredito que boa parte do que foi mostrado na década de 1990 continua a ser verdade: os conglomerados de informação continuam a existir, a manipulação de fatos e acontecimentos é presente e a relação de coronelismo é notória.Assim como explicitado num artigo do site da associação de roteiristas ( ver em: ) grandes políticos, para não dizer Presidentes da República à época (década de 1990), responsáveis pela concessão de rádio e TV, se beneficiaram desse ato,conseguindo aumentar em um ano o seu mandato e aprovar a emenda de reeleição, tudo isso com o apoio de parlamentares ligados à empresas de telecomunicações.
Ainda noticiou-se recentemente,principalmente pela TV Record, a utilização da Globo de maneira irregular de uma área na zona sul de SP que, teoricamente, seria do Estado. Após o escândalo, José Serra oficializa uma parceria com a emissora de Roberto Marinho para a construção de uma escola técnica orientada para formação na área de mídia eletrônica.
Há também aqueles fatos em que jornalistas e apresentadores são demitidos de cargos e programas de televisão simplesmente por tentar romper com um certa máscara política. Assim aconteceu com Gabriel Priolli, (ex)diretor de jornalismo da TV Cultura, que tentou direcionar uma reportagem sobre os pedágios paulistas, e o apresentador do Roda Viva, Heródoto Barbeiro, que numa entrevista com José Serra, atual candidato à presidência da república, incluiu perguntas capiciosas em seu programa sobre os pedágios paulistas também
É essa a liberdade de imprensa que temos. Não é algo recente: a troca de favores e parcerias sempre estiveram presentes. Uma imprensa brasileira que mascara fatos e atitudes, proibe denúncias que, uma vez desrespeitadas, sofrem punições individuais como mostradas acima. Acho que a internet tem o potencial de burlar essas barreiras. Todos temos capacidade de acabar com essas falsificações e denunciar um jornalismo de certa forma complexamente corrupto.

REFERÊNCIAS:
-Sites:

Associação brasileira de roteiristas:
CMI Brasil:
Portal R7 - Record:
Carta Maior:
Café na política:

domingo, 18 de julho de 2010

Inocência

udo começou com uma brincadeira: fingir que estava chateada, zangada e posteriormente possessa com aquela situação banal. Tudo charme. Não passava de brincadeira mesmo. Mas o que era besteira tornou-se verdade, incorporei realmente aquele estado de espírito e, sem eu mesma entender porque, aquilo já fazia parte de mim.
Você perguntou se aquilo era realmente verdade, perplexo, talvez, com a inutilidade daquela situação, e eu, na minha ânsia do esquisitamente inevitável sentimento, respondi que sim.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Realidade inventada


Receio que com estas palavras iniciais e com esta foto fuja ao meu propósito. Vim falar sobre a realidade inventada, sim, aquela que Clarice desejava. Talvez uma que possa ter meus sonhos mais distantes realizados e um mundo em que possa cativar todas as pessoas que amo e que me fazem feliz. Uma realidade que apesar dos desenganos e desilusões que sofra, ainda possa saber que essa apimentada não me impede de ser satisfeita com que tenho.
Mas, acabando com a digressão(desviei meu foco como supus anteriormente), parto para o texto que fará jus ao título do post. É engraçado como às vezes criamos expectativas para alguém que gostamos: montamos um esteriótipo de Ser para cada amigo ou amante, e quando ele/ela nos decepciona, fugindo do esperado, a primeira coisa que fazemos é refutar os fatos, refutar a ideia de traição. Traição da confiança que projetamos, de tudo aquilo que tanto esperamos receber como resposta da sua simples presença; traição do mínimo com o qual gostaríamos de ser presenteados.
Talvez isso seja amor. Talvez esse amor seja sinônimo de extra confiança e assim rejeitamos qualquer ideia de imperfeição e de humanidade. Sim, as pessoas erram, ou melhor, num tom bem eufemístico: as pessoas são pessoas. São feitas de matéria orgânica e subconsciente ativo, emoções à flor da pele e compostas de uma alma prolixa. Ninguém é perfeito o tempo todo. Somos pequenas partículas nesta elipse e de vez em quando permanecemos na órbita errante. Queremos, ainda que involuntariamente, uma realidade inventada para suprir nossas necessidades emocionais.