sábado, 24 de julho de 2010

Por uma mídia sem máscara




Este documentário,"Muito além do cidadão Kane", realizado pela BBC em 1993 apresenta um panorama interessante sobre como foi o surgimento da TV Globo e suas repercussões ao longo de sua "vida". A manipulação é o foco do documentário e ainda podemos perceber como o poder público está ligado aos meios de comunicação, como ainda hoje existe,podendo ser visto escrachadamente em regiões do Nordeste, a citar o Maranhão.
Apesar de acreditar que algumas relações de dependência do telespectador tenham se alterado, principalmente com o advento da internet e novas tecnologias, acredito que boa parte do que foi mostrado na década de 1990 continua a ser verdade: os conglomerados de informação continuam a existir, a manipulação de fatos e acontecimentos é presente e a relação de coronelismo é notória.Assim como explicitado num artigo do site da associação de roteiristas ( ver em: ) grandes políticos, para não dizer Presidentes da República à época (década de 1990), responsáveis pela concessão de rádio e TV, se beneficiaram desse ato,conseguindo aumentar em um ano o seu mandato e aprovar a emenda de reeleição, tudo isso com o apoio de parlamentares ligados à empresas de telecomunicações.
Ainda noticiou-se recentemente,principalmente pela TV Record, a utilização da Globo de maneira irregular de uma área na zona sul de SP que, teoricamente, seria do Estado. Após o escândalo, José Serra oficializa uma parceria com a emissora de Roberto Marinho para a construção de uma escola técnica orientada para formação na área de mídia eletrônica.
Há também aqueles fatos em que jornalistas e apresentadores são demitidos de cargos e programas de televisão simplesmente por tentar romper com um certa máscara política. Assim aconteceu com Gabriel Priolli, (ex)diretor de jornalismo da TV Cultura, que tentou direcionar uma reportagem sobre os pedágios paulistas, e o apresentador do Roda Viva, Heródoto Barbeiro, que numa entrevista com José Serra, atual candidato à presidência da república, incluiu perguntas capiciosas em seu programa sobre os pedágios paulistas também
É essa a liberdade de imprensa que temos. Não é algo recente: a troca de favores e parcerias sempre estiveram presentes. Uma imprensa brasileira que mascara fatos e atitudes, proibe denúncias que, uma vez desrespeitadas, sofrem punições individuais como mostradas acima. Acho que a internet tem o potencial de burlar essas barreiras. Todos temos capacidade de acabar com essas falsificações e denunciar um jornalismo de certa forma complexamente corrupto.

REFERÊNCIAS:
-Sites:

Associação brasileira de roteiristas:
CMI Brasil:
Portal R7 - Record:
Carta Maior:
Café na política:

3 comentários:

  1. Concordo em partes, qualquer tipo de mídia pode manipular a opinião de qualquer cidadão, não sóas redes de tv mais conhecidas. Veja a referência sua do portal R7, veja de qual organização ela faz parte, de uma forma de outra pode manipular sua opinião também. Acredito que virou um modismo hoje ser contra a principal rede de tv, mas outras também manipulam, porque querem o poder e utilizam o marketing de guerrilha.

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  2. Não há dúvidas que houve uma richa entre Record e Globo, até pq a Globo promoveu ferrenhas críticas e reportagens ao bispo Edir Macedo, mas a questão aqui era ter mais uma fonte sobre o terreno público incorporado pela Globo e mostrar como o poder público está atrelado ao poder privado, por mais parcial que eu saiba que essa fonte seja. E, trato principalmente da Globo, sem mencionar outros canais e meios de comunicação, pq ela eh sem dúvida o maior ,vamos dizer, conglomerado de informação do Brasil: não só tv, mas rádio e jornal.Bom, é a minha opinião.Mas o problema aqui não eh só da empresa do Roberto Marinho, mas um desfalque geral nos meios de comunicação, que se dizem tão objetivos e responsabilizados por trazer a verdade ao público.

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  3. Caraca você faz de crb algo produtivo na sua vida pessoal? tenh inveja! rs

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